Um dos princípios osteopáticos criados por Andrew T.Still é ¨O corpo é uma unidade¨. Dentro desse princípio está contida a idéia integrativa: corpo,mente e alma.

Na Osteopatia não se atribui maior importância para a psiquê, para a fisiologia ou estruturas físicas. Cada uma delas pode influenciar por igual as demais em todas as direções. Desta forma, pretende-se atuar sobre a totalidade do organismo e sobre a circulação dos líquidos e energias através da estrutura física (Liem, 2009).

Os processos de liberação emocionais através do corpo é um fenômeno observado por vários terapeutas, em diversas modalidades de tratamento, principalmente as manuais, que possuem uma proximidade maior entre o terapeuta e o paciente.

Através de sua experiências clínicas, o Osteopata americano Jonh E. Ulledger, desenvolveu a Liberação Somatoemocional no final dos anos 70.

Segundo Jonh Upledger a energia que se acumula no corpo é isolada e armazenada para proteção deste mesmo formando um ¨cisto de energia¨(Upledger, 2011)

 

- Como se formam os cistos energéticos:

A além do modelo traumático de formação do cisto, também é observado a desorganização do tecido de forma tóxica, inflamatória, nutricional, emocional e energética em vários níveis.

Independente de haver ou não um trauma físico, cistos de energia podem se formar em qualquer tecido corporal, em qualquer fase da vida, mesmo na vida intrauterina. Podem ser estabelecidos a partir de interações emocionais, mentais ou supramentais, tendo influência sobre o caráter e o sistema de crença pré-estabelecido de cada indivíduo.

 

- Repercussões da formação de um cisto energético:

O armazenamento de um cisto energético (independente do motivo pelo qual ele foi gerado) leva à adaptações de tecidos corporais, e por causa disso surgem sintomas clínicos. Frequentemente estes sintomas estão distantes do local em que a energia foi acumulada, e a queixa do paciente está relacionada com áreas que sofreram adaptações para manter o corpo em funcionamento.

Um cisto de energia pode causar uma disfunção em forma de dor, mas também pode contribuir para a formação de um segmento facilitado influenciando em uma disfunção visceral específica. Nesse sentido, as disfunções viscerais que são tratadas e sempre voltam podem estar sendo influenciadas por cistos de energia.

Os cistos também podem estar localizados em lugares que podem causar disfunções nos centros de energia (chakras). Chakras disfuncionais que não se corrigem através de meditação ou outras técnicas de tratamento energético podem estar sofrendo influência de cistos de energia.

 

- Tratamento:

Cistos de energia são encontrados através da palpação fascial (aumento de densidade), diagnóstico térmico (calor) e perturbação do MRP (movimento respiratório primário). As fáscias são extremamente inervadas e participam do sistema somestésico, isso significa que podemos ter pontos específicos do corpo reativando memórias por meio de uma comunicação neurológica da fáscia com o sistema límbico (via tálamo) e cortéx somatosensorial.

De acordo com a neurociência do comportamento, todo o nosso sistema sensorial (olfato, visão, audição, paladar e tato) é responsável pela formação das memórias. Durante o processo de liberação do cisto primário o paciente pode liberar uma emoção que foi reprimida junto com a disfunção do tecido. Quando isso ocorrer, o paciente poderá lembrar do fato que gerou aquela disfunção juntamente com as informações sensoriais que estavam presente naquele momento (cheiro, som, sabor e etc...)

A identificação e tratamento dos cistos de energia levam a uma modificação importante dos padrões de comportamento do paciente além de resolução de sintomas correlacionados.

O processo de liberação Corpo e Mente segue uma sequência de etapas, onde cada uma facilita a liberação da próxima:

- preparação pela indução do Still Point (parada do ritmo crânio-sacral).

- liberação das fáscias transversais e membranas extra-cranianas.

- liberação das membranas intra-cranianas.

- liberação da face, boca e garganta.

O tratamento dos tecidos moles, especialmente da boca e garganta é essencial para liberação corpo e mente por facilitar o diálogo terapêutico, e por consequência auxilia a produção de imagens pelos pacientes.

As maiores barreiras para o uso de imagens e diálogo no tratamento são o sistema de crença de cada paciente e a repressão da imaginação e da criatividade que a maioria das pessoas sofre desde a infância.

Fazemos o paciente notar nossa presença enquanto ele descreve sua experiência imaginativa. Combinamos e fundimos com ele através de nossas mãos. Imaginamos o que ele descreve. Quanto mais vemos o que ele vê, sentimos os que ele sente, enxergamos o que ele enxerga, mais efetivo será o processo terapêutico.

O objetivo do tratamento é que a reativação e conscientização dessas memórias traga modificações de comportamentos, atitudes e crenças sabotadoras, além do alívio de sintomas corporais que não possuem justificativas estruturais.